Quem sou eu enquanto artista? O que estou produzindo? O que eu quero contar e como contar? Essas reflexões surgiram no encontro da colaboradora artes, me trazendo vários pensamentos sobre minha arte, como eu a apresento e como conto minha história. Partindo dessas inquietações e provocações que mobilizam o nosso eu criativo enquanto artistas, hoje me vejo griô periférico, um cantador e contador em diáspora, versando e produzindo sobre africanidade, ancestralidade, cotidiano periférico, num verso anti racista e de empoderamento preto. Costumo dizer que minha poesia é preta, mesmo quando falta tinta na caneta. Entre tantas formas escolhi no momento proposto me expressar em versos, os quais compartilho mostrando um pouco da minha essência:
Eu me chamo Nego Panda
Versador sacramentado
Nos lugares onde andei
Deixei meu nome falado
Cantando em verso e poesia
A luta anti racista
Versando ancestralidade
Louvando o antepassado
No Baobá enraizado
Sou griô sacramentado
Verso as dores do meu povo
E o amor afrocentrado
Verso também as vitórias
Que fique bem registrado
Sou Filho do sol e da terra
Minha poesia é meu legado
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