Em 2014, segundo a ONU, o Brasil foi colocado em 16º lugar no ranking de países mais violentos do mundo posto que 10% dos assassinatos que ocorreram no ano aconteceram em território nacional. É evidente que esses dados são provenientes de um país desigual e muito marcado por uma cultura patriarcal. De lá pra cá tivemos alguns retrocessos, a verba dedicada para o combate a violência contra mulher foi reduzida em 90% na última gestão do Governo Federal por exemplo. Importante ressaltar que a violência pode ser manifestada de inúmeras maneiras e perpassando qualquer ambiente, portanto estigmatizá-la como evento característico de locais específicos como dentro do encarceramento, por exemplo, é o mesmo que reforçar e fechar os olhos para algo que fatalmente faz parte do nosso cotidiano.
O Instituto Procomum entende que acolher a diversidade como parte de sua estrutura inclui trabalhar com diferentes vivências e culturas que ao se chocarem exigirão atenção a fim de evitar qualquer tipo de ímpeto. Desta forma nossa voz no combate aos mais diversos tipos de violência é de suma importância, mas entendemos que nosso alcance pode ser limitado e esta é uma das razões que nos levou a criação da Política de Prevenção e Proteção a Violência do IP, uma metodologia viva que se mantém em constante construção convidando toda a nossa comunidade a se atentar para o assunto.
Em nossa Política de Prevenção e Proteção a violência, que pode ser acessada no site do LAB é possível entendermos como o IP enxerga nossos relacionamentos, rotinas internas e metodologias relacionadas ao tema, dentre estas a importância de se reforçar e promover essa política viva. Neste sentido, nosso grupo de estagiários realizou em 2021 o Podcast “Encruzilhadas da Convivência”, o título se relaciona a pluralidade de tópicos e caminhos que este tema propõem. A fim de reavivar o tema e torná-lo parte do nosso cotidiano, no dia 29 de setembro será realizado evento de lançamento do podcast que contará com exibições e convites a reflexão.
Em sua realização, o Podcast conta com a participação de Marina Paes, Nara Menezes e Marcia Pregnolatto, nomes potentes que também contribuíram com a construção da Política. No episódio é possível conhecer um pouco da trajetória destas mulheres e abordar a importância do tema que certamente não se encerra em uma única discussão, mas engaja nossa comunidade apresentando a transversalidade da argumentação.
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