Vila Nova ganha Espaço de Conhecimento Multimídia aberto à comunidade

Nos dias 19 e 20 de abril aconteceu o evento de inauguração do Espaço de Conhecimento Multimídia que fica localizado dentro do LAB Procomum. O evento contou com diversas atrações, dentre elas, os  musicais de Preta Jô, de Lucas Paini e Luan Pablo, o sarau organizado por Chagas da Selva, a roda de conversa sobre literatura periférica sob comando de Julie Lua a Nêgo Panda e a exposição das fotografias de Maurice Pirotti que permanece na biblioteca até a próxima semana. 

A celebração se dá devido ao anseio pela realização do espaço projetado pelo arquiteto André Mafra que há muito tempo acompanha as obras de revitalização do imóvel que hoje é ocupado pelo LAB Procomum. O local foi construído na década de 1940 e antes de abrigar o IP, acolhia as obras de caridade da entidade Prato de Sopa Monsenhor Moreira. O Espaço de Conhecimento Multimídia fica logo na entrada do LAB e contém: 

1 – Sala Multimídia – Com mesas e computadores para Edição Multimídia

1 – Sala Rádio e Equipamentos de Captação de som

1 – Salão com o Acervo de Livros e Publicações Catalogados e espaço para leitura e pesquisa

A bibliotecária Beatriz Oliveira Royer conta que organizar o acervo foi um trabalho que começou do zero. Ao lado da estagiária em biblioteconomia Andressa Brandão, Bia realizou um trabalho de quase um ano a fim de organizar todo o catálogo. Todos os títulos foram dispostos em planilhas para posterior classificação, ela explica que separou os materiais em temas. Por se tratar de uma biblioteca comunitária, Beatriz buscou classificar os livros da forma mais simplificada possível e as instruções para uso do acervo estão fixadas nas paredes do espaço, a bibliotecária complementa: “Entendendo como funciona a organização que estabelecemos, é possível que o usuário consiga utilizar os livros e colocá-los de volta no local correto da estante.”.

A Biblioteca do Instituto Procomum é especializada em livros de ciências sociais, artes, literatura nacional e estrangeira, seu acervo conta com 3710 materiais sendo 2528 livros; 480 periódicos; 346 materiais de exposições artísticas e 160 catálogos de artistas brasileiros e estrangeiros.

“ É um acervo eminentemente das ciências humanas e sociais que tem um potencial incrível de transformação, conhecimento, pesquisa e fruição que está aberto para a comunidade” Beatriz Royer

O acervo do Espaço de Conhecimento Multimídia do Instituto Procomum é uma importante fonte de pesquisa para interessados em estudar ciências humanas e sociais, incluindo história, sociologia, antropologia, arquitetura, artes plásticas, literatura, teatro, cinema, museus, danças entre tantas áreas correlatas. Trata-se de um acervo relacionado com diversas temáticas que tangem as ações do IP. Por enquanto os livros estão disponíveis apenas para consultas no local, mas as salas de produção multimídia podem  ser acessadas mediante reserva realizada pelo www.reserva.procomum.org

Bem-organizada, iluminada e com mobiliário atrativo, a biblioteca do IP oferece um ambiente cultural ativo, dinâmico e propício para ser um espaço comunitário, em total consonância com as atividades culturais e formativas do IP, promovendo diálogo, conhecimento e troca de saberes. 

Certamente um espaço de vivência com oficinas de leitura, eventos, exposições e saraus. Extrapolando o conceito de apenas uma coleção de livros para empréstimo e consulta, o espaço é um recurso valioso para comunidade, tornando-se uma instância cultural ativa, pronta para promover educação, diálogo e engajamento social.

O Instituto Procomum surge de uma ideia que possui o coletivo em si, nenhuma das ações que aqui ocorrem é possível sem a comunhão de saberes, sonhos e ações. A construção do Espaço de Conhecimento Multimídia parte de uma ideia de Rodrigo Savazoni e como num sistema radicular, ganha força conforme se expande pelas mentes ao redor: André Mafra, Silmara Baron, Georgia Nicolau, Lia Rangel, Clara Mafra, Marília Guarita, Fabrício Dias, Joana Chaves são alguns dos nomes que tornaram o sonho realidade, mas o sonho é vivo e, assim como a cidade, os espaços que compõem o LAB não se fazem sem gente. Nosso LAB está para ser ocupado.