LAB Narrativas Cilmáticas – Resultado dos protótipos

No dia 27 de julho, aconteceu a apresentação dos protótipos elaborados pelos três grupos oriundos do LAB Narrativas Climáticas. Os grupos abordaram as temáticas Arte-ativismo, Ciência e Geração de Dados e Ativismo Digital, dando vida aos protótipos “No clima da Baixada”, “Teko Porã” e “Da Quebrada ao Nhandekero”.

A reunião teve início com as falas de Fabricio Freitas, Diretor de Recursos, e Vitor Marinho, Gerente de Inovação. Ambos lembraram do nosso propósito coletivo de fomentar protótipos que ativem as comunidades.

Nesse sentido, o grupo “No Clima da Baixada” voltou-se para a comunidade dos catraieiros, trabalhadores que detêm um ofício centenário, afetado pelas mudanças climáticas à medida que as marés se tornam – se cada vez mais imprevisíveis, de acordo com a fala de Jonas, catraieiro entrevistado pelo grupo.

Outro destaque nas falas dos integrantes é a falta de informação sobre as mudanças climáticas justamente nos locais onde elas são mais incidentes e propôs que esse conhecimento seja propagado por meio de cartazes, conversas e lambes.

“A pauta da comunicação social não é pensada coletivamente. As informações sobre mudanças climáticas não chegam a todos, e essa é uma grande covardia. Nós acreditamos na produção coletiva.” — Geraldo Varjabedian.

Grupo ‘No Clima da Baixada’

O segundo grupo “Tekó Porã” a se apresentar nos contou a história da comunidade que vive na TI Piaçaguera, em Peruíbe. A terra foi retomada pelos indígenas em meados dos anos 2000, após um longo período de desapropriação. Nesta retomada, notaram a poluição das águas fluviais. Luã, um dos integrantes do grupo, nos contou que as pessoas fazem uso da água, o que pode ser prejudicial para a saúde da comunidade e nos ensinou: “Quando eu curo o território, eu sou o território.”

Por isso, a ideia é reunir pesquisadores e universidades que possam analisar a qualidade dos lagos e córregos dentro da TI, para identificar os impactos ambientais causados pela ação de mineradoras na região. Além de comunicar a população sobre os dados coletados. A expectativa é que possamos mapear, traçar planos junto ao poder público e estimular a ação comunitária para a despoluição das águas.

Luã Apká apresenta o projeto ‘Tekó Porã’

Para fechar a noite, o grupo “Da Quebrada ao Nhandekeru” propôs a fusão entre as artes urbana e indígena. O processo se deu em uma oficina de grafite e artivismo que foi registrado em um mini documentário apresentado durante o encontro.

Grupo ‘Da quebrada ao Nhandereko’

A apresentação contou com a presença de 40 participantes, entre representantes municipais, estudantes, ativistas e interessados no tema. A apresentação dos protótipos do LAB Narrativas Climáticas foi, na verdade, o quarto encontro de uma coalizão construída ao longo de toda a história do Instituto Procomum, aprofundada neste ano com a formação de uma coalizão pelo clima, cujo primeiro encontro aconteceu em abril. O Instituto Procomum sempre enxergou as questões climáticas como centrais para o bem-viver das comunidades e segue convidando a todos a fazerem parte dessa luta. Se você se interessa por esta pauta, preencha o formulário e passe a receber as atualizações e desdobramentos das nossas ações.

O LAB Narrativas Climáticas é uma parceria entre Instituto Procomum e Surge X, organização nigeriana que atua na pauta das mudanças climáticas em África.

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1 comentário
  • Nalva Andrade Dos Anjos

    Boa tarde querida Procomum, é com muita alegria que vejo o link do evento tão importante parabéns a todos que participaram na próxima vez irei se assim Deus permitir. Saudades de todos vocês 😊

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