Diversos membros da rede SulxSouth participarão das atividades do Festival das Resistências, organizado pelo Instituto Procomum e Aurora Lab. Atividades fazem parte da Caravana do Futuro, que percorrerá diversos estados do Brasil até a COP 30
Fortaleza respira memória, diversidade e potência coletiva! Entre o mar, a cultura, os desafios ambientais, as lutas e as desigualdades sociais que atravessam a cidade, nasce um movimento que aponta para novos futuros. ✊🏽 💜
☀️ O Festival das Resistências chega na capital do sol, de 4 a 7 de setembro: um encontro que reúne arte, música, oficinas e diálogos que inspiram caminhos para a justiça climática, com trabalho digno e transição justa. 🌱
A iniciativa é fruto da ação coletiva realizada por Lab Aurora e Procomum, em parceria com o Centro Cultural Belchior, o Instituto Iracema e a Prefeitura de Fortaleza. Vocẽ encontra a programação completa do Festival na página do Instagram do Lab Aurora.
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Veja abaixo programação da rede do SulxSul em Fortaleza. Todas as atividades acontecerão no Centro Cultural Belchior e são gratuitas:
Círculo de Leitura Coletiva – Leitura como Prática Política
Dia: 06/09
Horário: 14h – 16h
Facilitador: Stephano Mendelek
Inspirado em práticas dos movimentos de trabalhadores, o Círculo de Leitura Coletiva propõe uma forma inusitada e potente de ler em grupo. O livro é dividido em partes de 10 páginas, lidas individualmente em diferentes cantos do espaço. Depois, todos se reúnem no centro — com comida compartilhada, se possível — para reconstruir o conteúdo juntos. O foco não é entender exatamente o que o livro diz, mas usá-lo como solo fértil para que saberes coletivos e novos entendimentos emergem entre os participantes. Uma experiência de leitura como prática política, comunitária e criativa.
Oficina Narrativas e Tecnologias – Hackeando o Imaginário
Dia: 06/09
Horário: 14h – 16h
Facilitadora: Mitzy Violeta
Nesta oficina, vamos explorar como as narrativas dominantes moldam a forma como percebemos e usamos a tecnologia. Através de ferramentas de hackeamento cultural, os participantes serão convidados a questionar essas narrativas e construir outras possíveis, mais alinhadas com seus contextos e valores. Também conheceremos experiências de tecnologia autônoma, como o projeto milpamerica.org, que propõe caminhos de autonomia e resistência a partir de uma perspectiva latino-americana.
Escrita Poética e Memórias dos Territórios – Onde a Palavra Encontra a Raiz
Dia: 06/09
Horário: 09h30 – 11h30
Facilitador: Luiz Marques
Um exercício sensível de escuta, troca e escrita. Nesta atividade, cada participante será convidado a escrever um pequeno texto poético, inspirado por uma memória marcante, uma história ou um dia especial ligado ao seu território de origem. Em seguida, os textos serão trocados anonimamente para leitura coletiva, criando um espaço de reconhecimento das diferenças e aproximações entre as vivências. A escrita aqui se torna ponte, fio condutor entre lembranças e territórios, entre passado e presente.
Energia Solar e Comunidades – Diálogos sobre Autonomia Energética
Dia: 04/09
Horário: 14h – 16h
Facilitadora: Guilherme Montenegro
Um espaço de escuta e troca sobre o uso da energia solar em comunidades. A proposta é compartilhar experiências concretas, como a iniciativa do Instituto Pólis em parceria com movimentos de moradia, e dialogar com os participantes locais sobre o programa “Renda do Sol”, uma política pública do governo do Ceará voltada para promover energia solar em áreas rurais. O foco está na geração de renda, autonomia e sustentabilidade para famílias em situação de vulnerabilidade. Uma conversa sobre possibilidades reais de transição energética justa.
O papel da comunicação como ferramenta do bem-viver e o desafio de convocar ao coletivo em tempos de individualismo e imediatismo
Dia: 05/09
Horário: 14h – 16h
Facilitador: Rafis
Esta roda de conversa convida os participantes a refletirem sobre o papel da comunicação como ferramenta de transformação social. Vamos dialogar sobre a importância de contar contra-narrativas, valorizar a perspectiva do Sul Global e dar visibilidade às soluções construídas nos territórios. A atividade inclui a apresentação de ferramentas simples para que cada pessoa possa narrar suas próprias histórias e um mapeamento coletivo de temas que deveriam virar manchete. Ao final, abriremos um espaço de gravação de relatos sobre como a crise climática se conecta com as experiências pessoais — contribuições que poderão compor a Biblioteca de Histórias Climáticas.
Projetando um Laboratório de Inovação Cidadã
Dia: 05/09
Horário: 09h – 12h30
Facilitador: Victor Marinho e Georgia Nicolau
Diferente da inovação de mercado, que visa vantagem e lucro, a inovação cidadã nasce para ser compartilhada: conhecimento aberto, tecnologias simples de usar e replicar, e uma ética da suficiência. O objetivo é melhorar a vida em comum, com soluções que brotam das próprias comunidades ou da troca entre especialistas e amadores.
Nesta oficina, a equipe do Instituto Procomum apresentará os principais conceitos de um laboratório cidadão em uma proposta mão na massa – prática e colaborativa. Partiremos dos problemas e desafios trazidos pelo público da oficina e, em um processo colaborativo, vamos cocriar projetos em rede. A proposta é experimentar juntes a potência do comum: inventar coletivamente futuros possíveis, simples, replicáveis e transformadores.
Sobre o SulxSouth
O HUB SulxSouth é uma rede viva e colaborativa, conduzida por seus próprios integrantes. Um espaço de encontro entre lideranças, ativistas e comunidades da linha de frente, onde experiências e vivências moldam estratégias climáticas centradas na justiça e na equidade. Formada por organizações e indivíduos de diversos territórios, a rede constrói narrativas e soluções baseadas nos direitos, nas necessidades e na potência dos que mais sentem os efeitos dessa crise.
A iniciativa dá continuidade às conexões tecidas no encontro realizado em Santos, em 2024, e visa fortalecer uma rede resiliente de lideranças climáticas do Sul Global. Nosso foco está no compartilhamento de saberes, na valorização das diversidades e na criação de alianças capazes de impulsionar mudanças estruturais.
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