Em plena quarentena estamos aqui no olho da pandemia …
Em frente ao cemitério do Paquetá se forma a fila, a espera daquele mínimo alívio.
O medo gera o improviso da máscara. Sob essa simples proteção ela me sorriu com os olhos e agradeceu o levante.
À margem, neste território, resistem quase 3 gerações em aglomerados. Há uma gigantesca população desassistida e aflita…
Que para além da luta de anos por moradia popular agora luta por alimento e algo mais para higiene e limpeza.
Tempos inglórios.
Por questão de sobrevivência o comum opera na unidade, onde vão se formando os elos de uma corrente mais que solidária, de amizades também.
A fome não espera …
Um inimigo é invisível e silencioso, o outro povoa as mídias e redes sociais vociferando a ignorância que silencia, exclui e mata .
Na cena prosseguimos na soma.
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