Você tem uma iniciativa, ideia ou projeto que aponta soluções para os impactos da pandemia do coronavírus? Ou gostaria de colaborar com os seus saberes para fomentar o bem comum? Vamos juntas prototipar um novo futuro na chamada aberta do Instituto Procomum e Silo – Arte e latitude rural
A 2ª Edição do Laboratório de Emergência COVID–19 Reconfigurando o futuro está com chamada aberta para projetos a serem desenvolvidos ou prototipados durante o laboratório solidário e online que acontecerá do dia 15 a 19 de junho de 2020.
Trata-se de uma chamada aberta e gratuita para os proponentes dos projetos e uma chamada para colaboradores. A organização vai selecionar 15 propostas de acordo com os critérios pré-estabelecidos, valorizando iniciativas para ou oriundas de comunidades rurais ou periféricas. As inscrições podem ser realizadas aqui.
Serão recebidas iniciativas para os impactos causados pela pandemia do covid-19 nas áreas de ciência, saúde e tecnologia, divulgação e comunicação ciêntifica; arte e sociedade; redes solidárias para agricultores, comunidades e bairros; e recursos educacionais e inclusão digital.
Depois da seleção dos projetos e colaboradores, os participantes reunidos em equipes multidisciplinares terão cinco dias para desenvolver ou prototipar a sua ação, que será acompanhada por uma equipe de mentores e especialistas. Também existe um recurso comum para apoiar possíveis gastos e custos dos projetos.
O segundo Laboratório de Emergência COVID-19 Reconfigurando o Futuro é uma iniciativa do Instituto Procomum e Silo – Arte e Latitude Rural, com apoio do Amerek, Careables, Casa Criatura, Lab Coco, Datalabe, Frena La Curva, Gambiologia, MediaLab.UFRJ, A Tramadora, Gênero E Número, Horta Inteligente, Olabi, Pretalab, Redes da Maré, Segura A Onda, UpDate, Think Olga, Coletivo Etinerâncias e Muman.
Quem pode participar?
Vale lembrar que as chamadas para proponentes e colaboradores é aberta e irrestrita. A troca de diferentes saberes é um dos principais objetivos do laboratório.
A chamada é aberta para qualquer pessoa que acredita no poder da colaboração e da inovação como ferramentas para solucionar os impactos da pandemia do novo coronavírus.
Ela é dirigida para grupos indivíduos que já tenham um projeto colaborativo ou que querem criar iniciativas colaborativas, que vão ser desenvolvidas e conectadas a diferentes recursos e saberes em um espaço virtual.
O objetivo é unir saberes e recursos em tempos de instabilidade política e vulnerabilidade socioambiental e cultural para construir soluções práticas nas cidades, bairros e comunidades.
Primeira edição foi marcada por alta participação e continuidade dos projetos
Cinthia Mendonça, diretora da Silo – Arte e Latitude Rural explica que a metodologia do Laboratório de Emergência COVID-19 Reconfigurando o futuro foi inspirada no Interactivos do MediaLab Prado, de Madri, Espanha, que existe desde 2008.
“Com as restrições do isolamento social e o cenário de crise política e econômica, decidimos experimentar essa metodologia em um ambiente virtual e lançamos a primeira edição do laboratório que teve 27 projetos selecionados (32 inscritos em 5 dias), 60 proponentes, 200 colaboradores (inscritos em três dias), 7 lives e 24 projetos finalizados com documentação”, comentou.
Ela conta que o resultado foi muito além do esperado, especialmente pela continuidade e replicabilidade dos projetos para além do espaço do laboratório. “Fomos surpreendidos pelo número de inscritos em tão pouco tempo. E, principalmente, pelo fato de que praticamente todos os projetos foram concluídos ou finalizados, e muitos deles seguem trabalhando e desdobrando-se até hoje”, disse.
É possível ver todos os projetos e sua documentação no site da primeira edição do Laboratório de Emergência : https://labdeemergencia.silo.org.br/1ed/.
A metodologia foi inspirada na convocatório Laboratorio Distribuido, organizado pelo Frena La Curva, na Espanha, em março.
Para seguir experimentando novas maneiras de transformar o mundo
Georgia Nicolau, diretora do Instituto Procomum, comenta que sua organização também já praticava os metodologias de inovação cidadã no LAB Procomum, laboratório cidadão de Santos-SP.
“Acredito na importância da criatividade e dos saberes populares unidos ás novas tecologias e cultura digital como disparador de soluções para os complexos problemas que enfrentaremos, especialmente nos efeitos da pandemia e nos impactos que podem causar para as camadas mais vulneráveis”, comentou Georgia Nicolau.
A ideia agora é prototipar apenas 15 projetos para conseguir mentorias e desenvolvimentos com mais acompanhamento. Para que os proponentes e colaboradores sejam transformados no processo. E que seus projetos transformem o futuro e fomentem o bem comum.
“Mesmo nos momentos difíceis, seguimos acreditando nas práticas que construímos. Ou melhor, agora, em meio a uma crise, essas ideias e metodologias mostrado-se ferramentas ainda mais eficazes para solucionar problemas e oferecer alternativas para outras construções possíveis”, concluí Georgia Nicolau.
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