Da minha alcova, a pandemia

 

Deslizando pelas intrépidas redes sociais me deparo com uma frase que  é hilária, mas chama para a tal da reflexão.

“Em pleno 2020 quem diria que eu estaria higienizando uma embalagem de detergente…”. Da noite para o dia os planos de 2020 ser o melhor ano das nossas vidas foi bruscamente interrompido. E assim rotinas, relações, convívios e o calor humano passa a ser “ilegal” e perigoso.

Eis que surgiu uma pandemia, coisa que só conhecíamos em livros e filmes de ficção científica  se torna uma terrível realidade.

Adaptação, mudança, reclusão, isolamento, quarentena, Lockdown, corona vírus, COVID-19, assintomático, respiradores, hospital de campanha, máscaras, álcool em gel, distanciamento,  palavras que passaram a fazer parte e a enriquecer o nosso vocabulário diário.

Sobre a reclusão – o odiado isolamento – muitos se adaptaram e outros ainda não e está tudo bem.

Eu não, ainda não e nem sei se …  E revirando arquivos resgatei memória de um dia muito especial, navegando pelo território da Bacia do Mercado, que gerou um incrível processo de criação entre as minhas novas e apaixonantes amizades que 2020 prometeu e cumpriu, só nos privou da calorosa convivência presencial e de partilharmos  o comum.

E aqui, eu sem muita habilidade e tato das edições de vídeo, sem refinamento, exponho processos, momentos felizes de uma época pré-pandemia. O cru, o primeiro click do meu olhar daquele instante.

E a emoção aperta o meu peito e faz um nó na garganta,  o gosto é amargo…  A frase é  um clichê sim e providencial.

É, esse momento no nosso planeta não é muito tranquilo, os cuidados precisam ser somatizados e se entende que o  distanciamento é sobrevivência, mas surge também a viabilidade de pararmos e cogitarmos sobre nosso comportamento e idealizar algo de bom  para o momento tão esperado, quando enfim voltar tudo ao seu devido normal.

Se é que em algum instante passado tivemos um normal.

1080 1190 Editor
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