No dia 18/8, aconteceu a apresentação de celebração de encerramento e prestação de contas da campanha Baixada Pela Vida, organizada pelo Arte no Dique, Fórum da Cidadania de Santos, Instituto Elos, Instituto Procomum e uma série de apoiadores e lideranças comunitárias.
Na ocasião, a campanha prestou contas aos doadores e apoiadores e também foram realizadas uma série de apresentações artísticas. Algumas lideranças também foram convidadas para falar sobre os desafio enfrentados por suas comunidades.
Clique aqui para ver a apresentação e prestação de contas da campanha
Marina Pereira, coordenadora do LAB Procomum, participou da atividade representando o Instituto Procomum e leu o texto coletivo que assinamos como manifesto de direito à vida, frente à crise social, sanitária e econômica. Leia:
A missão do Instituto Procomum é ativar e participar de redes cujo foco é promover a transformação social e um mundo comum entre diferentes. Atuamos, defendendo e fortalecendo os bens comuns. Trabalhamos todos os dias, juntos com a nossa rede de colaboradoras, para criar soluções para os problemas sociais e para melhorar a vida das pessoas. Portanto, qualquer uma de nossas ações, não seria possível sem essas pessoas que todos os dias lutam por uma vida vivível. Como parte da Frente Ampla Baixada pela Vida, Celebramos a potência de uma rede que excede o alcance do que podemos ver. Celebramos a gratidão presente de ponta a ponta, entre todes que fizeram parte dessa corrente de solidariedade. Celebramos o fato de haver outras organizações e coletivos comprometidos com a transformação social. Celebramos o comum. Celebramos os acertos mas, principalmente, os erros ou percalços que nos possibilitam aprimorar nossa condição humana e o nosso papel institucional. Para isso, trago para esse momentos alguns nomes que foram essenciais para essa construção e que desejamos celebrar: Samara Faustino da Associação dos Moradores dos Cortiços do Centro de Santos que, como liderança comunitária da Bacia do Mercado, território onde o Procomum está, organizou a campanha Cortiços Contra o Corona e nos ensina sobre a força de organização; Dener e Tainara do Instituto Chegados ( jovens que construíram para além da campanha uma rede, saúde, cuidados e solidariedade comunitária na comunidade da Vila Margarida ); Débora (Mães de Maio); Mirim Santos (Aldeia Paranapuã) Julie Lua que, entre outras coisas, atuou liderança comunitária de Praia Grande; Vilene Lacerda, em Bertioga; Bete Nagô; Lu Jorge ( nos ajudou com transporte, principalmente na aldeia Tekoa Paranapuã); Alê Almeida; Heloísa Helena; Santos Hacker Clube e o GT de Cultura Hacker do LAB Procomum com a ação das Faceshields; Silmara da nossa equipe ,essencial para que pudéssemos fazer a distribuição no LAB; Fabiano Rangel, pelo desenvolvimento do site Agradecer a quem produziu os kits Luiz por toda contribuição na montagem dos kits Luciana Cruz pelas máscaras Agradecer e celebrar nós mesmas: Simone Santos Georgia Nicolau Marília Guarita Victor Sousa Cassia Sabino Breno Garcia Fabrício e aos amigues, família e conhecides que confiaram na campanha e doaram todos as/os beneficiados que também confiaram em nossa organização nesse momento de profundo desafio que vivemos. Agradecer as organizações parceiras nessa campanha. Gostaríamos de agradecer a Associação Prato de Sopa Monsenhor Moreira porque isso faz parte da nossa memória enquanto espaço. A história da sede do Instituto Procomum é uma referência em solidariedade na Baixada Santista. Foi em 1930 que se criou a Associação Prato de Sopa que, por quase um século, realizazou um série de boas ações para os moradores do bairro. Até pausar as suas atividades e, em outro gesto solidário, ceder a sua sede para as atividades do LAB Procomum em caráter de comodato. Entendemos que celebrar, para além de ritualizar o fim de um ciclo, é essencial para provocar um respiro em momentos tão difíceis. Isso é parte, inclusive da nossa metodologia. Achamos também que é preciso dizer de forma clara que: a Pandemia não acabou. E que a crise a qual vivemos hoje, evidencia as desigualdades e injustiças de nossa sociedade, que não surgiram a partir da pandemia, mas se intensificaram. O espaço de ajuda humanitária está sendo disputado, temos um governo que faz escolhas políticas e econômicas contrárias à humanidade e à vida, e que agora, está usando o benefício emergencial, necessário a sobrevivências de tantos pessoas, como plataforma de sua perversa política. A solidariedade não deve ser resumida apenas ao ato de doação, mas sim como tática e tecnologia política e social, para sobrevivência de todos nós, algo que atravessa os tempos e possibilita a manutenção da vida. A solidariedade se desdobra em redes de afeto, cuidados e organização comunitária. Para construir o comum a solidariedade é um valor essencial. .Nossa organização tem um entendimento de que somente por meio da auto-organização efetiva dos povos em luta é que vamos conseguir - talvez - nos organizar para os desafios futuros. Celebramos CADA UMA DAS VIDAS que puderam ser protegidas durante essa ação, porque TODA E QUALQUER VIDA IMPORTA. E que se a campanha Baixada Santista pela Vida conseguiu contribuir para isso, ela já foi vitoriosa.
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