Galeria Imaginária – Fotos e texto do processo

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Decidi por esse projeto para investigar meios de produzir arte no contexto atual que pudesse extrapolar a barreira da virtualidade. Inicialmente, pensava em encontrar um meio de distribuir o kit para as crianças de forma totalmente remota, por intermédio de algum contato que pudesse articular um ponto de distribuição. Por diversas questões, não consegui encontrar essa mediação, então, apesar dos riscos, decidi que voltaria para a rua para distribuir os materiais.

Então surgiu a ideia de tornar essa ação algo mais. Logo, resolvi que traria as artes cênicas para o projeto, realizando uma performance com as crianças na qual usei a figura do palhaço para propor uma intervenção com desenhos na rua feitos com giz. Na primeira saída convidei a palhaça Preta, que me ajudou muito a elaborar e realizar a abordagem com as pessoas no território.

Tivemos uma recepção calorosa da maioria das pessoas que encontramos. Brincamos e desenhamos com as crianças e tivemos conversas descontraídas com os adultos responsáveis. Desde então, distribui mais kits entre alguns amigos, para facilitar o contato com as produções das crianças e, ontem (28/08), voltei ao território para distribuir os kits restantes. A ação foi muito mais breve, pois felizmente encontrei um espaço chamado “Esculpir” que promove atividades de arte, educação e convivência com as crianças do território. Lá conheci mais de 20 crianças, fiz uma pequena intervenção cênica, expliquei o projeto e combinei um retorno na semana seguinte para realizar uma oficina de desenho.

E assim vai se construindo a “Galeria Imaginária”, através da colaboração com essas crianças que logo terão seus desenhos expostos na rua. Sigo torcendo para ter respostas, ver essas artes e poder trazer o imaginário das crianças para  ressignificar o território.

815 544 Editor
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