Texto – Fê Gois
Leitura – Alê Almeida.
Sinto saudade do encontro sem hora marcada, de coabitar o espaço, no conforto dos silêncios. Gosto de temperaturas, bocejos e olhares vagos transando uma ideia.
O olho mecânico é um tradutor de luz?
Só a carne compartilha solidão?
e
Não sei se um olhar me atravessa pela tela. Gestos de um contato calculado, visão agora é tato, nada muda pro mercado do sofrimento espetacularmente invisibilizado.
O atraso é uma forma de resistência?
Dados são ração de robô?
e
Tenho apreço por trocar silêncios. É estranho conversar em frente ao espelho simultaneamente, mas estamos nos entendendo porque apesar de tudo dançamos, ficamos com vergonha ao falar sendo o próprio ator enredo palco e públicos.
Como compartilhar esperança?
Janela aberta = rede social?
Se,
O presente é tão grande, não nos afastemos
Não nos afastemos muito ¹
Posso ser tocado por suas palavras
tua imagem interior o sabor do teu sorriso
vamos fazer um filme por alguns minutos de silêncio
Quando me der adeus não desligue
Me deixe namorar sua despedida…
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