Edição 2021 da Colaboradora – Artes e Comunidades está com inscrições abertas para a sua terceira temporada. A chamada é destinada a artistas e agentes criativos da Baixada Santista que desejam fazer parte de uma comunidade de aprendizados, refletir sobre suas produções e criar novos projetos, durante a pandemia
A Colaboradora – escola livre e colaborativa do Instituto Procomum – abre chamada pública para a terceira temporada do seu processo formativo em Artes e Comunidades. O programa é destinado para artistas e agentes criativos da Baixada Santista e as inscrições podem ser realizadas gratuitamente até o dia 23/4.
Trata-se de um percurso formativo de seis meses com aulas, oficinas, mentorias e colaboração entre os participantes para desenvolvimento de projetos artísticos de impacto social com ênfase territorial com o objetivo de promover um diálogo entre arte, comum, território e pandemia.
Ou seja, um processo de trocas e aprendizagens para apoiar artistas e agentes culturais impactados pela pandemia. O programa oferece bolsa de R$ 500 reais por mês em um aporte total de R$ 3 mil reais por artista. E os artistas devem participar de encontros semanais e desenvolver um projeto artístico ligado ao território de sua escolha.
Vale lembrar que a chamada é aberta para artistas e produtoras culturais da Baixada Santista de qualquer idade, raça ou genêro. Mas, como em todos projetos do IP, existe a premissa de fortalecer ações e criações de mulheres (no plural), afrodescendentes, população LBGTQI+, indígenas e outras pessoas pertencentes ao que se convencionou chamar de populações sub-representadas.
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Novos desafios, novos territórios
A coordenadora do projeto, Marina Paes, explica que A Colaboradora – Artes e Comunidades, desde a sua primeira edição, busca aprofundar as relações entre as artes e o território, aprofundando as relações e vínculos de artistas com as comunidades.
Até a chegada da pandemia, a ideia do projeto era desenvolver essas relações na Bacia do Mercado, região central de Santos-SP, onde está localizado o LAB Procomum.
Em sua primeira temporada, por exemplo, os artistas desenvolveram projetos pessoais e realizaram um festival do comum no bairro. Mas, na segunda edição do projeto, os participantes foram atravessados pela pandemia. Todo o programa foi abalado porque quando os projetos pessoais começariam a ser desenvolvidos, fomos surpreendidos pela pandemia e isolamento social, dificultando as possibilidades de atuação no território.
Para a terceira temporada da Colaboradora – Artes e Comunidades, a ideia é aprofundar as reflexões e produções sobre a relação entre arte, comum e território, partindo do conceito de Territórios Comuns. “As artes e os artistas foram diretamente impactados pela pandemia e pelo isolamento social. Apesar da impossibilidade dos encontros presenciais e dos desafios diante do contexto, a arte resiste, continua fundamental e segue forjando novas realidades”, conta Marina Paes.
Por isso, a ideia é que os artistas desenvolvam projetos artísticos de impacto social pensando em um território de sua escolha. “Queremos aprofundar a investigação de como a arte favorece a construção do comum, se relaciona ao fortalecimento de vínculos interpessoais e comunitários, e como desponta nos diferentes territórios”, conclui.
Um processo de formação e de acolhimento
A gerente de Formações do Instituto Procomum, Simone Oliveira, aposta na solidariedade e na construção do comum. Segundo ela, o fato dos artistas estarem em situação de vulnerabilidade na pandemia e na crise, aumenta a importância e responsabilidade do projeto.
“Entendemos que um processo formativo é também um processo de acolhimento e afeto. Na Colaboradora, poderão passar por um processo formativo e desfrutar de um ambiente plural e de abundância, além de um ambiente criativo e que conserva esperança”, comentou Simone Oliveira.
Com o aporte de bolsas e produção, os participantes conseguem ter a estabilidade mínima para desenvolvimento dos seus projetos. “Sabemos que muitas pessoas estão impedidas de realizar seus sonhos e objetivos devido ao agravamento da pandemia. Isso aumenta a nossa responsabilidade. Podemos não ter a resposta para todos os problemas mas acreditamos no amplo repertório compartilhado, no poder da colaboração, na potência de uma rede. E, principalmente, no acolhimento e cuidado com os participantes, o que certamente terá desdobramentos positivos nos territórios nos quais eles desenvolverão seus projetos”.
Plantão de dúvidas
Para mais informações e esclarecimento de dúvidas, o Instituto Procomum realizará plantões através da plataforma Zoom (https://us02web.zoom.us/j/88264074445), nas seguintes datas, com os articuladores Fernando Gois e Ana Letícia Figueira (Anita);
– Segundas-feiras (05, 12 e 19 de abril), das 16h às 18h; (Fernando)
– Terças-feiras (06, 13 e 20 de abril), das 11h às 13h; (Anita)
– Quartas-feiras (07, 14 e 21 de abril), das 11h às 13h; (Fernando)
– Quintas-feiras (08, 15 e 22 de abril), das 15h às 17h; (Anita)
Para mais informações leia as publicações do projeto, clique na imagem para ler a versão online:
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