Na última terça-feira, segui o fluxo do MAR de Santos, passei pelo MAR de São Vicente, cruzei o Rio MARiana e cheguei à casa de MARocas. Foi a primeira vez, nessa jornada, que conheci um Colab pessoalmente. Era real, vi os olhinhos, corpo inteiro, sorriso debaixo da máscara, aquele toquinho-cumprimento desajeitado que queria ser abraço apertado, real. Conhecer a rua, o bairro, o portão de madeira, reconhecer a lagoa que havia visto em fotografia, até o pato que nadava por ali, me parecia tão familiar. A rua era como a rua de minha infância: a vizinha vendendo geladinho me lembrou minha tia que também vendia “bidu” (é assim que se diz em Americana, e eu acho o máximo!). Quando cheguei procurando o número me perguntaram o nome de quem eu estava procurando; mais uma vez lembrei da rua da minha infância, onde os vizinhos se conheciam, conversavam, se ajudavam. Já estava sentindo uma gratidão enorme quando, na volta para casa, ao cruzar o Rio MARiana, avisto numa pequena ilhota sete pontinhos vermelhos. Pensei: não é possível. A natureza respondeu que é possível, sim, e meus olhos me mostraram o vôo do Guará-vermelho. Obrigada, “Vida”, por este encontro. Apesar de o vermelho voar, transborda amor.
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