Por que o Procomum criou a área de educação?

Depois de uma série de atividades de desenvolvimento institucional, o Instituto Procomum definiu novos eixos estratégicos: Inovação (Fazer-Aprendendo), Educação (Aprender-Fazendo) e Expansão e Impacto (Fazendo Juntas). É a partir deles que organizamos nossos projetos e atuação da equipe profissional.

Algumas fotos da segunda edição da Colaboradora – Artes e Comunidades

Hoje vamos conversar especialmente sobre a área de Educação, a turma do Aprender-Fazendo. Atualmente a equipe conta com Marina Paes, como gerente, e Danilo Alves, como coordenador. E o principal projeto em andamento é a Colaboradora, nossa escola livre (educação não formal) e colaborativa. Em 2022 a Colaboradora realizará a quarta temporada de seu percurso formativo em Artes e Comunidades.

A área de educação do IP pode ser considerada nova em uma primeira leitura da nossa organização. Mas, na verdade, ela nos acompanha desde o nosso surgimento, uma vez que sempre tivemos o propósito de pensar soluções conjuntas para problemas comuns, a partir do compartilhamento de saberes dos mais diversos grupos. Ou seja, construir processos educativos desde o caldeirão de conhecimentos articulados desde nossas ações é uma vocação intrínseca ao nosso trabalho.

Além da trajetória de nossa equipe profissional nos quase seis anos de atuação do Instituto Procomum, de suas práticas prévias de escuta, mobilização e fortalecimento de redes de colaboração, somaram-se ao nosso “aprender fazendo” outras pessoas e comunidades para aportar histórias, metodologias e estratégias para a melhoria da vida e do viver em sociedade.

Tudo isso sempre aconteceu de maneira orgânica bastante orgânica nos encontros promovidos pelo IP, nos corredores do LAB e nas trocas entre a equipe.

Contudo, percebemos desde a primeira edição da Colaboradora a importância de sistematizarmos as informações e impactos por ela despertados, dada o seu potencial transformador na vida de tantas pessoas, conforme pudemos aferir em nossas avaliações.

A reunião das experiências formativas disparadas pelo IP e algumas de nossas principais metodologias foram incorporadas pela área de Educação.
Pensando em nosso público alvo principal, a população adulta, Marina Paes, gerente da área, considera ser um de nossos principais diferenciais gerar oportunidades de formações gratuitas, fora do ensino regular. “É muito mais frequente a oferta de formações gratuitas, no campo das artes, para crianças – ainda que menos abundante do que o necessário. A Colaboradora aponta como uma experiência ímpar em nosso território e já se consolidou como uma escola da qual dezenas de pessoas querem fazer parte”.

“Hoje temos uma série de ferramentas e propostas para trabalhar um modelo de educação baseado na troca de saberes e mais permeável a eles do que a educação formal em geral. Uma profusão de saberes que favorecem a interdisciplinaridade, interseccionalidade e inovações geradas por pessoas e organizações. A possibilidade de aprender fazendo, em colaboração, com dinâmicas de cuidado e afeto, é um diferencial nosso”, disse Marina Paes.

Para Danilo Alves, coordenador da área, o desafio desse modelo de educação é justamente a construção de processos em colaboração e com cuidado. “Sou professor da rede pública há 15 anos e me anima estar tecendo novas possibilidades para a educação. Se na escola tradicional trabalhamos com conteúdos específicos, aula após aula, aqui temos a possibilidade de abordar diferentes temas, disciplinas, assuntos, mas fundamentalmente baseados na colaboração e no cuidado”, disse Danilo Alves.

“Enxergo que o nosso principal desafio, hoje, é construir a escola do cuidado enquanto esse tema se aprofunda no próprio IP e nas principais agregações políticas e organizações do país. Percebo que estamos trabalhando para a construção da pedagogia do cuidado e do comum, como algumas das principais ações em curso no Procomum”, conclui Danilo Alves.

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