Antes de mais nada:
– As minhocas vão bem, obrigada.
Meu problema que era para ser uma solução me parecia ser o GPS.
Sim, ele mesmo, o aclamado sistema de “achar a gente” seja onde a gente estiver ou for.
Bem, ele já me fez bater carro, levar multa por entrar na contramão.
Mas justiça seja feita, me levou a vários lugares que eu desconhecia.
E está aí o problema dele comigo. Ele tem uma fixação por lugares bizarros, entranhas estranhas da cidade.
Eu explico: quando o utilizo, é sempre para me dar um caminho, uma luz no final do túnel que não seja um trem desgovernado, porém ele sempre me faz percorrer lugares um tanto sombrios para quem não os conhece.
Parece que o sistema faz questão de escolher lugares em que eu fico imaginando trêmula:
– Se esse carro parar aqui eu tô fu….
Enfim, GPS é uma tecnologia, e como toda tecnologia, as vezes falha, está desatualizada ou dá pane, e isso já me aconteceu também.
Sou do tempo do “Guia de Ruas”, um livro imenso cheio de mapinhas dos bairros, onde a gente com o auxílio de uma “lupa”, procurava feito louco, o nosso destino.
Inviável hoje em dia com a nossa pressa costumeira, não sei como vivíamos sem GPS, perdidos?
Seja lá o que for, a tecnologia avança assustadoramente.
Um homem do século XIII, se fosse enviado ao século XIV ou até o XV, sobreviveria, pois, as mudanças foram lentas nesses períodos.
Agora eu no alto dos 52 anos, se tivesse virado a Bela Adormecida aos 25, e acordasse agora, ia parecer uma mulher das cavernas, sem saber nem me comunicar direito, ou seja, ler mensagens de WhatsApp, pois nos meus 25 a gente nem sabia ainda que o celular enviaria torpedos SMS.
Uma loucura!
25 anos atrás mais ou menos o telefone celular uma novidade cobiçada, tinha o objetivo de você fazer e receber ligações em qualquer lugar.
Hoje para começar a conversa, meu celular faz muitas coisas, até ligações telefônicas!
E o melhor: Para ligar para alguém hoje em dia, precisamos avisar, é quase uma ofensa ligar para um celular sem aviso prévio, a não ser que você seja o chato do telemarketing de qualquer coisa.
Mesmo me sentindo uma dinossaura sobrevivente, eu vou me adaptando com uma certa mobilidade de um grande réptil.
Já esqueci os disquetes e pendrives e uso cartões de memória, smartphone de 128 GB, notebook, utilizo apps de todo tipo, compro, ouço música, deleto, insiro, teclo, transfiro dados, compartilho tudo.
Configuro wifi, homepage, faço backups, limpo cache, uso nuvem, alimento meu algoritmo, bloqueio spams, uso emojis, trollo amigos, sei o poder do Google.
Agora…
Tokens não fungíveis (NFTs), blockchain, Metaverso, arte digital… Colaboradora?
Boooooommmmmm….. outra vez uma dinossaura em extinção, ou melhor, fungível !
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