Nos dias 14 e 15 de abril aconteceu, na Casa Criatura em Olinda, a imersão Lab Tempestade e quantas coisas temos para dizer a este respeito! Foi o nosso primeiro laboratório cidadão presencial fora do território da Baixada Santista, replicando a nossa metodologia a serviço de um olhar cuidadoso acerca das mudanças climáticas. A conexão entre IP e CC se estabeleceu a partir da percepção de que ambos territórios: Baixada Santista e Olinda atravessam problemas semelhantes relacionados aos impactos ambientais provocados pelas chuvas. Para viabilizar a metodologia que norteia os laboratórios do Instituto, um time composto por Marília Guarita – Diretora de Recursos, Marina Paes – Gerente de Parcerias e Victor Marinho – Gerente de Inovação esteve na Casa Criatura durante a imersão e de lá trouxeram percepções sensíveis e relevantes.
Importante ressaltar que, a fim de apresentar melhor o território, além de membros do IP, da CC e selecionados, o evento contou com a participação da Prof. Cristiana Coutinho Duarte, coordenadora do Tropoclima, e da Prof. Circe Monteiro, coordenadora do Inciti no primeiro dia do encontro. Elas apresentaram dados relevantes em relação aos desafios encontrados no contexto da Região Metropolitana de Recife.
Durante a imersão foram formados cinco grupos, que chegaram nas seguintes 5 propostas: Casa Guardiã, Dispositivo para proteger bens materiais durante as enchentes, Clima de Cuidado, Observatório Tempestade e PECAM- Plano de Comunicação de Adaptação e Mitigação. Todos passarão por sessões de mentoria com Rayane Aguiar, Isac Filho, Juliana Rabello, Marina Paes, Victor Marinho e Ricardo Ruiz. Dos planejamentos iniciados neste primeiro momento de imersão, desenvolverão suas ideias e apresentarão seus processos e resultados no dia 06 de maio.
Victor Marinho, Gerente de Inovação do IP, esclarece que laboratório cidadão é uma metodologia de criação colaborativa que permite que transformemos nossos conhecimentos, ideias e reivindicações em propostas. Victor acredita na cultura da prototipagem (experimentar e testar ideias na prática) não somente pela possibilidade de inovar ou mostrar soluções criativas; ele acrescenta que o interessante para nós não é a criação de protótipos altamente tecnológicos relacionados a eletrônicos, mas sim aqueles que formam comunidades.
Para Marina Paes, muitas das expectativas foram superadas. Diz que foi uma experiência linda e intensa, com participantes com muita qualificação e experiências concretas de ativismo e engajamento em ações climáticas, e protótipos que têm muita condição de ganharem escala e beneficiarem diferentes comunidades.
É importante falar que o GIG – Global Gathering Innovation foi o elo de conexão entre Casa Criatura e Instituto Procomum. A organização se fez presente no evento sob a figura de Ricardo Ruiz que também compõe o time do Instituto Procomum como Assessor de Captação. Ruiz percebeu como mais interessante o fato de que a maior parte dos protótipos terem saído de necessidades reais, ideias trabalhadas em cima de problemas e necessidades. Acrescenta que a importância da ação se dá pela necessidade de ampliar o debate dentro da região metropolitana do Recife, por tratar-se de um tema ainda bastante restrito aos urbanistas públicos e privados, enquanto a grande maioria da população do Recife permanecia alheia, falando a respeito apenas quando havia a ocorrência de chuvas. “Propiciar esta reflexão coletiva a respeito da crise climática é o mais importante.”
Acreditamos em metodologias abertas. Todo o processo cronológico de execução do LAB foi documentado e disposto no blog da Casa Criatura e pode ser acessado através do link para saber mais a respeito do assunto, acesse o hotsite do LAB Tempestade e atente-se para as próximas etapas do processo.
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