Teatro, cultura caiçara e mudanças climáticas

Após análise das 18 inscrições efetuadas para a chamada interna do Ocupa Arte no LAB, é com muita satisfação que anunciamos que A Rede que te puxa: climas e mudanças foi o projeto selecionado para a primeira fase do Ocupa Arte no LAB. 

 

O Ocupa Arte:

Ocupa Arte no LAB é uma iniciativa do Instituto Procomum em parceria com a Santos Brasil que desenvolverá projetos artísticos nas regiões da Bacia do Mercado, em Santos (SP) e de Vicente de Carvalho, no Guarujá (SP). As ações acontecerão entre os meses de junho e novembro de 2023 e possuem 3 temporadas, sendo a primeira Arte e Mudanças Climáticas.

Os recortes propostos alinham-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), que têm na preservação e promoção da cultura uma importante ferramenta, não só por contribuir de forma direta para que muitos deles sejam atingidos – redução das desigualdades, trabalho com dignidade e sociedades pacíficas e inclusivas -, como também por somar transversalmente aos três pilares do desenvolvimento sustentável (econômico, social e ambiental), através da criatividade.

Neste sentido, todas as etapas do Ocupa Arte no Lab contarão com apresentações abertas e gratuitas ao público, além de atividades de formação (debates, ensaios abertos, oficinas), que ocorrerão nas regiões da Bacia do Mercado, em Santos (SP) e em Vicente de Carvalho, no Guarujá (SP).

 

Sobre A Rede que te puxa: climas e mudanças

Puxada de Rede é uma peça teatral criada pelo coletivo Afroketu que fala sobre a fé dos pescadores que vão buscar seus alimentos no mar. O projeto realizará oficinas, apresentação da peça e roda de conversas para crianças e adultos realizado nas comunidades do Parque Prainha e Parque das Montanhas. Ambas as comunidades vivem em situação de vulnerabilidade por conta dos impactos ambientais e consequências das mudanças climáticas na região, com ocorrências de enchentes e deslizamentos nesta região de encostas em Vicente de Carvalho.

Omo Alamoju, líder do projeto, é nome artístico de Ana Amélia Damião da Silva, administradora, pós-graduanda em Empreendedorismo e Gestão Cultural, atuante no movimento negro na Baixada Santista, produtora e Gestora Cultural, Contra Mestre em Culturas Populares e Arte Educadora de Dança Afro na Associação Cultural Afro Ketu, representante de Cultura Negra no Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Guarujá (CMPDCN) e Vice-presidente no biênio (2019/2021), Consultora Administrativa e Micro Empreendedora Individual.

A Associação Cultural Afro Ketu nasceu da necessidade de expressar artisticamente a herança cultural Afro-Brasileira, tendo impulso inicial a partir da capoeira e da Dança afro. Iniciou-se na Casa do Menor de Guarujá onde permaneceu durante 01 (um) ano, após no bairro de Vila Zilda onde também trabalhou para o bem comum na sede da Associação dos Moradores, levando capoeira, dança afro, percussão entre outros. Após essa fase chegou ao bairro de Morrinhos II, onde construiu os pilares do Afro Ketu. Em 2007 se formalizou Associação Cultural Afro Ketu e hoje é essência de luta dos direitos sociais e artísticos da comunicação Cultural Afro Brasileira.

 

A primeira temporada consistirá em 3 etapas:

 

1° Etapa 

Dia 30/06/2023

 Abertura e apresentação do protótipo às 18h no LAB Procomum, na Rua Sete de Setembro, 52 – Vila Nova, Santos.


2° Etapa – Oficinas e apresentação da peça ‘A Rede que te Puxa’ para crianças e adultos das comunidades da Prainha e Parque das Montanhas, realizado junto à Karina Mendonça, do grupo associação cultural de capoeira Roda Grande, no Guarujá.


Dia 04 e 11 /07 

Parque das Montanhas, na Vila Edna – Guarujá/SP das 19h às 21h.

Ponto de encontro: Ponto final da Vila Edna 

Dia 03 e 10/07 

Prainha, em Vicente de Carvalho – Guarujá/SP das 19h às 21h.

Ponto de encontro: Terminal de ônibus de Vicente de Carvalho

Dia 16/07 

Apresentação da Puxada de Rede e Palestra sobre os impactos ambientais e das mudanças climáticas com Jéssica Garcia e Lutimira Paiva.

Jéssica Garcia é bióloga, possui mestrado em Pesca e Aquicultura e tem experiência em pesquisas na área socioambiental com ênfase em pesca artesanal e comunidades costeiras. Sua principal linha de pesquisa é fundamentada em relações de gênero na pesca e etnoecologia. Atualmente é gestora de metas do módulo de socioeconomia e etnoecologia do projeto Valoriza Pesca do Instituto de Pesca.

Lutimira Paiva é assistente Social, articuladora de políticas públicas nas áreas de saúde, cultura, assistência social, educação e direito da população negra. Atua há 5 anos como consultora social para organizações da sociedade civil e empresas.

Aqui será feita a gravação do material audiovisual (documentário da ação).

 

3° Etapa final 

Apresentação do audiovisual com participação das comunidades e todos envolvidos no LAB Procomum, na Rua Sete de Setembro, 52 – Vila Nova, Santos.

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