Clínica Aberta do Comum atinge a marca de 100 atendimentos

Desde o ano passado, alunas do curso de Psicologia da Universidade Federal de São Paulo Campus Baixada Santista, vêm realizando atendimentos clínicos para pessoas frequentantes do LAB Procomum. A proposta de implantação de uma Clínica Aberta do Comum surgiu a partir da demanda das coordenadoras de projetos sociais do IP: a necessidade de ofertar uma escuta clínico-política aos frequentadores da instituição, como também, aos moradores do entorno. Portanto, o objetivo do estágio é o de oferecer atendimentos psicanalíticos gratuitos, em sessões individuais de cinquenta minutos, ou em dispositivos grupais, com  duração de uma hora e trinta minutos.

Nesta terça-feira, 21 de maio, a iniciativa atingiu a marca de 100 atendimentos direcionados a 32 pessoas. A Professora Doutora Jaquelina Imbrizi, supervisora do programa, atribui o sucesso às parcerias que tem entrelaçado junto ao LAB e a equipamentos da região como CREN, CREAS, NASF e Instituto Querô. As parcerias aconteceram por conta da divulgação nas páginas do instagram que fizeram com que profissionais do serviço começassem a nos procurar por identificarem que não há oferta de uma escuta clínico-política por parte dos serviços de saúde e assistência na cidade de Santos. A procura está sendo grande e há quatro pessoas na fila de espera.

É interessante revelar que 86% das pessoas atendidas se auto declara do sexo feminino, 11% masculino e 2,4% não binárie. A maior parte dos atendimentos (33,3%) foi direcionada à pessoas de 41 a 50 anos de idade. Quanto ao grupo racial, 50% das pessoas se declara como branca e 50% como negra ou parda e, por fim, 100% dos atendimentos foi destinado a pessoas residentes na cidade de Santos.

Além da supervisora Jaquelina Imbrizi, neste ano a equipe formada conta com as estagiárias Victória Cunha, Letícia Cerqueira, Manuella de Azevedo, Maria Clara, Isabele Araújo, Lívia Souza, Beatriz Amarante, Ana Espósito e a mestranda Fabiana Rodrigues. Jaquelina afirma que a partir da escuta, o grupo pretende localizar demandas comuns a essas pessoas, em sua maioria mulheres, para que seja possível pensar em intervenções artísticas e culturais que tenham a ver com este projeto de psicanálise aberta e arejada relacionada ao sociopolítico.

 

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