Na última quinta-feira, 16 de maio, aconteceu o segundo encontro da Rede Comunitária pela Justiça Climática. Desta vez o encontro reuniu 47 pessoas interessadas em compreender como podemos incidir nas ações relacionadas à justiça climática na nossa região. Para elucidar algumas questões o encontro contou com a presença de Pedro Henrique Torres, professor especialista em mudanças climáticas na região costeira, cientista social e planejador urbano e da engenheira ambiental Greici Pedro, representante da SEMAM/ Seclima.
Pedro nos trouxe um panorama do avanço dos efeitos relacionados às emergências climáticas na Baixada Santista e Greici nos apresentou o PACS – Plano de Ação Climática de Santos. Após as apresentações, as pessoas puderam interagir com os profissionais em uma dinâmica de aquário, na qual uma cadeira é colocada no centro da roda e a palavra é dada apenas para quem estiver sentado nela.
Durante a dinâmica, várias questões foram levantadas, dentre elas a necessidade de uma democratização do conhecimento a respeito do tema, dúvidas a respeito do funcionamento do navio-bomba e a preocupação com o avanço do mar. Vale saber que o PACS está disponível no site da Prefeitura de Santos e pode ser acessado por qualquer cidadão.
Do exposto pelos profissionais, ficou evidente que a elevação das temperaturas e as precipitações são os maiores problemas enfrentados pela região que cada vez mais sofre os impactos das enchentes, sobretudo nas áreas de maior vulnerabilidade social. Por esta razão Pedro Henrique destaca que ao falar de clima, é fundamental colocar a Justiça Climática como foco, posto que os efeitos sempre serão mais contundentes para a população mais pobre.
Greici menciona que há estudos que indicam que em 2060 não haverá mais estações frias e a quantidade de catástrofes climáticas deve aumentar de uma vez por ano para 6. “A adaptação climática é fundamental porque muito do que foi feito com o nosso meio ambiente é irrecuperável” explica Pedro Henrique. Trata-se de uma tarefa coletiva compreender, agir e pressionar para que ações de enfrentamento e principalmente de prevenção sejam tomadas.
No mês de junho, o Instituto Procomum realizará mais um encontro para as discussões relacionadas ao clima. Desta vez, contaremos com a presença de membros da organização nigeriana Surge África. O encontro acontecerá durante quatro dias doas quais os dois primeiros serão abertos ao público e os dois últimos serão destinados a atividades formativas direcionadas a participantes selecionados previamente inscritos.
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