Possíveis parcerias entre cidadania e poder público? Vamos falar de afeto

Todo dia no LAB Procomum é dia de colaboração e de afirmação dos nossos conhecimentos e saberes. E aos poucos vamos tecendo uma rede que se apoia e materializa suas ideias. Acreditamos na inovação cidadã porque queremos resolver os problemas com as pessoas que os vivem. Porque acreditamos na co-produção política ou social como possível aliança entre cidadãos e poderes públicos para resolvermos problemas específicos.

Todos os meses no LAB Procomum, o GT Donnas da Rua organiza rodas de conversa para a população LGBTQIA+. No mês de agosto, o tema foi o afeto. Com mediação de Priscylla Coutinho, presidenta da Associação Donnas da Rua, recebemos Luciana Werneck, assistente social e servidora pública, para conversamos sobre a importância afeto nos atendimentos dos órgãos públicos de saúde e e para o avanço das políticas de acolhimento, atendimento e afirmação da população LGTQIA+.

Foi uma conversa sobre cuidado e inovação, sobre resiliência e resistência. Acima de tudo sobre cuidado, como ferramenta individual e ação política. Mas daquelas conversas que saímos com vontade de seguir fazendo o que já fazemos. De botar a mão na massa e seguir transformando o mundo em que vivemos a partir dos nossos encontros e afetos.

Para Priscylla Coutinho, organizadora do evento: “Nossa roda de conversa hoje foi sobre o Afeto que Reduz Danos. Numa sociedade totalmente danificada e com a saúde mental abalada, principalmente para nós mulheres trans e travestis. No país que mais consome e assassina nossos corpos , saímos de casa de manha e não sabemos se vamos voltar. Por isso, falar sobre o afeto reduz danos. Falar com pessoas que foram afetadas por tantos problemas, como desigualdade, marginalização, lgtbfobia é importante.  Traz um pouco da minha essência e do que já passei. E sei que é possível superar qualquer situação, principalmente quando você tem afetos e criação de vínculos”.

Também conversamos sobre esta possível aliança político o social entre nós cidadãos com o poder público: “Muitas vezes como movimento da sociedade civil, estamos nós com nós mesmos. Não temos a força do poder público. E quando falamos de rede de assistencialismo ou cuidado pensamos que isso é obrigação da rede pública. Mas quando vemos que esta rede é totalmente furada, temos que alinhar novamente. Costurar alianças. E aqui trago pessoas que já fizeram parte da minha história, formar parcerias e tornar possível dias melhores”, conclui Priscylla Coutinho.

Selfie da Lolo com o público presente na conversa

 

Para o mês de agosto, as Donnas da Rua estão preparando uma programação especial no LAB Procomum. Em breve divulgaremos mais informações.

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