Ele passou dois dias conosco e ficou em nossa residência, o primeiro fomos almoçar no Vicente de Carvalho, visitamos as instalações do Instituto Procomum para apresentar nosso trabalho para ele, e à noite ele participou da roda de conversa Obbape ( Observatório de Arte Preta e Periférica).
No segundo dia houve workshop e debate com membros da nossa comunidade, com a presença de Mediadores e membros dos Grupos de Trabalho. A proposta foi voluntária e surgiu com o objetivo de aprendermos uns com os outros.
David representa um grupo chamado Chukirawa Creativa que trabalha com gestão cultural e comunicação para o desenvolvimento.
Durante a oficina ele falou sobre o mapeamento de atores culturais realizado por seu grupo. A recolha de dados permitiu, pela primeira vez, criar um fundo para estes profissionais e espaços de gestão cultural. Permitiu ainda a realização de dois festivais artísticos geridos pelo colectivo (Cinema e arte-comunidade).
Nosso colega também nos mostrou o projeto desenvolvido para este ano, que abrange artes, tecnologia e comunidades, e para o qual veio a São Paulo fazer pesquisas sobre esses vínculos. Da troca de ideias, pôde receber comentários e recomendações muito valiosos sobre o trabalho que estão prestes a realizar no Equador.
“Adoramos o modelo de Festival de Artes e Comunidade que realizamos. Mas sentimos que, de certa forma, alguns dos desejos dos artistas estavam a ter precedência sobre as necessidades da comunidade. É por isso que agora queremos avançar nos processos de curadoria e gestão e trabalharemos com os temas artes, tecnologia e comunidades, comentou David.
“Entendemos tecnologia como os elementos que nos permitem criar vínculos nas relações entre mais de uma pessoa – pode ser uma máquina de costura, um eletrodoméstico, uma cozinha, por exemplo. E a partir desse reconhecimento do vínculo, começamos a desenvolver um projeto artístico baseado nesse elemento.
Vir aqui no LAB Procomum é como ver o nosso sonho se tornando realidade. Sempre sonhamos em ter um espaço e propostas de gestão cultural local como esta e estamos trabalhando para isso. Já sonhamos juntos com um programa de residência para que nossas comunidades também se conheçam. Muito, muito obrigado a todo o Instituto Procomum por me receber em sua residência e por ser muito generoso em compartilhar comigo o trabalho que estão realizando. ¡Viva o Instituto Procomum!”, David Samaniego.
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