Rede de Justiça Climática – O que fizemos em 2024?

 

Em 2024, o Instituto Procomum consolidou uma rede de pessoas preocupadas com os efeitos das crises climáticas na região, destacando a crescente urgência do tema. O aumento de fenômenos climáticos extremos, como tempestades e enchentes, a perda de biodiversidade, a crise hídrica e a escassez de recursos naturais são consequências cada vez mais evidentes das mudanças climáticas. Esses impactos afetam especialmente as populações mais vulneráveis, acentuando desigualdades. A responsabilidade humana, decorrente de atividades como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento, exige ação global imediata, impulsionada por movimentos sociais e ativistas.

Com essas questões se tornando cada vez mais presentes e com a ciência confirmando os riscos e impactos da crise climática, o assunto se tornou central nas discussões sobre o futuro do planeta e da humanidade e o Instituto Procomum convidou ativistas, comunicadores, líderes comunidades, sociedade civil para formar a Rede comunitária pelo clima.

Foram cinco eventos neste ano, No dia 10 de abril, aconteceu no LAB Procomum uma reunião aberta para construção de uma rede comunitária comprometida com a agenda climática na Baixada Santista.

Reunimos  um total de 57 participantes, demonstrando o grande interesse da comunidade em discutir e buscar soluções para os desafios da mudança climática. Dentre os participantes, pessoas majoritariamente das cidades de Santos, São Vicente, Guarujá, São Paulo e Bertioga.  O segundo encontro aconteceu no dia 16 de maio e reuniu 64 participantes interessados em discutir soluções. O encontro contou com a presença de representantes do SEMAM/Seclima e do Cientista Social e Planejador Urbano Pedro Henrique Torres.

O terceiro encontro foi o LAB Narrativas Climáticas, uma iniciativa do Instituto Procomum e da organização nigeriana Surge Africa. Tratou-se de um encontro internacional com o objetivo de comunicar, produzir informações confiáveis e chamar a atenção sobre a urgência das mudanças climáticas na Baixada Santista e no mundo. Do encontro, emergiu o LAB Narrativas Climáticas, um Laboratório de Inovação Cidadã, com a intenção de reunir pessoas interessadas em criar protótipos que envolvam narrativas ligadas às mudanças climáticas. Foram formados 3 grupos, compostos por pessoas que se inscreveram em uma chamada aberta que recebeu 73 inscrições. O resultado foi o surgimento de 3 grupos que se apresentaram no quarto encontro da rede:

DA QUEBRADA AO NHANDEREKO

Intercâmbio cultural entre as periferias e as aldeias da Baixada Santista. Com o objetivo de promover trocas entre dois grupos sub-representados que sofrem as urgências climáticas, mas de maneiras diferentes, o grupo testará o papel do artivismo neste contexto, realizando uma oficina de grafismo e pixo.

NO CLIMA DA BAIXADA

Realização de uma ação-campanha investigativa e de escuta sobre a urgência climática com os catraieiros da Bacia do Mercado.

TEKO PORÃ

Ação comunitária para descontaminação de lagos com resíduos de mineração com plantio de sementes em águas de comunidades.

O quinto encontro foi o encontro Sul x Sul, realizado em parceria com UMI Found, um evento organizado pelo Instituto Procomum com o objetivo de reunir comunicadores, ativistas, arte ativistas e iniciativas do Sul Global para discutir práticas colaborativas e promover trocas de conhecimento em torno de temas como justiça climática. O foco era fortalecer redes entre comunidades e promover diálogos sobre como lidar com desafios compartilhados por países do Sul Global, explorando alternativas de desenvolvimento baseadas na cooperação, na produção comum e na diversidade cultural.

O evento trouxe pessoas de 16 países do Sul Global e envolveu diversas atividades, como rodas de conversa, painéis, laboratórios cidadãos e apresentações artísticas e a tenda do cuidado com o intuito de construir uma agenda coletiva de transformação social.

Agora IAB, Instituto Procomum, LAB Procomum e sociedade civil somam forças para incidir politicamente nas questões relacionadas ao clima. Para isso, no dia 02 de outubro, nos encontraremos com candidatos à câmara da cidade de Santos para entender quais ações podem ser tomadas por estes agentes a fim de mitigar os efeitos da crise climática na Baixada Santista. Seguimos! Desta vez o palco será a Futrica Economia Criativa localizada em Santos na Rua Quinze de Novembro, número 146. O encontro começa às 18h.

Nossos objetivos compreendem:

  • Maior representatividade: Possibilitar um ambiente mais próximo entre vereadores e eleitores, para que a população seja ouvida para que a formulação de leis e políticas públicas esteja mais alinhada às necessidades reais das pessoas.

 

  • Transparência: Promove um processo legislativo mais aberto e acessível, permitindo que a sociedade compreenda melhor as decisões e ações dos vereadores.

 

  • Cocriação de soluções: Envolver cidadãos no diálogo pode resultar em ideias inovadoras e soluções mais eficazes.

 

  • Fortalecimento da democracia: O diálogo contínuo entre o legislativo e a sociedade amplia a participação democrática, incentivando a cidadania ativa e fortalecendo a confiança nas instituições.

 

  • Compromisso dos representantes: Quando os vereadores dialogam com a sociedade, estão mais propensos a serem responsabilizados por suas decisões, criando um ambiente político mais ético

 

Venha somar a nossa Rede por um futuro com maior bem estar para todos nós. 

 

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