Procomum participa de oficina sobre cuidado

No dia 12 de abril o Instituto Procomum participou da oficina “O Cuidado como centro da política: caminhos legislativos e ferramentas para a territorialização”, cordenado junto com o Instituto Alziras, Mandato Cida Falabella (GabinetonaBH/ Psol), Etinerâncias e Think Olga. 

O evento discutiu o cuidado como política pública, destacando a importância de lutar pelo direito ao cuidado como um fundamento essencial para uma sociedade mais justa e solidária. A pergunta central que guiou o debate foi: por que precisamos garantir esse direito? A resposta está no reconhecimento de que todas as pessoas, em diferentes momentos da vida, precisam de apoio – seja na infância, na velhice, em situações de vulnerabilidade ou no cotidiano. No entanto, esse trabalho muitas vezes recai de forma desigual, especialmente sobre as mulheres, que representam mais de 70% do trabalho de cuidado não remunerado no Brasil, segundo dados do IPEA (2020).

Um dos grandes desafios abordados foi como cuidar de quem cuida, evitando a sobrecarga e a inviabilização dessas pessoas. Para isso, é fundamental fortalecer **redes territoriais de cuidado**, como as Casas de Parto e os Centros de Convivência, que demonstram na prática como o apoio comunitário pode salvar vidas e transformar realidades. Além disso, o debate destacou a necessidade de integrar as políticas públicas sob a ótica do cuidado, garantindo que saúde, assistência social, educação e moradia dialoguem entre si, formando uma “roda de direitos” que gire junto com a “roda do cuidado”

O evento também reforçou a importância da co-criação de políticas públicas, envolvendo a população na construção de soluções, como acontece em Fóruns de Cuidado e Orçamentos Participativos. Outro ponto-chave foi o **mapeamento de práticas existentes**, muitas vezes invisíveis, por meio de ferramentas como cartografias do cuidado, que ajudam a conectar saberes tradicionais e inovações sociais.

Ao final, o espaço foi aberto para que participantes compartilhassem experiências e desafios, reforçando a ideia de que o cuidado é uma responsabilidade coletiva. O produto desse encontro foi uma cartografia de práticas de cuidado, visibilizando iniciativas e fortalecendo redes. O objetivo foi deixar claro que, apenas com políticas públicas robustas e participativas, será possível avançar na garantia do direito ao cuidado para todos e todas. O evento serviu como um convite à ação, mostrando que, quando unimos forças, é possível construir um futuro onde ninguém fique para trás.

150 150 Gabriely Araujo
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