Pensar desde o Sertão, lugar onde nasci e vivi a maior parte da vida, é um dos desafios recorrentes no meu trabalho. Nesse sentido, Sertão sempre foi mais do que uma geografia física marcada pela narrativa que se faz em oposição ao litoral – a de uma área onde o outro se localiza, o selvagem, o desconhecido, o inóspito a ser desbravado e desapropriado. Desde 2019 passei a permanecer e experimentar os modos de vida no litoral em São Paulo, não só o deslocamento ganhou evidência como as dualidades entre o Sertão e o Mar passaram a criar relações e construir uma perspectiva poética da mistura.
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