21/09 em Santos
LAB Procomum
Rua 7 de setembro, 52, Vila Nova
Mês da filantropia que transforma
Seminário de Filantropia Raíz – A força das comunidades que fazem.
Nos primeiros anos da década de 2000, entendendo que o Brasil é um país altamente sustentável, muitos fundos internacionais se retiraram do país, gerando uma lacuna na distribuição de recursos para organizações sociais. Este movimento reforçou a importância da ação filantrópica de organizações nacionais e somado aos efeitos da crise pandêmica, a filantropia comunitária nunca teve tanta importância neste país que é o segundo em concentração de renda. Apenas 3% das famílias do país possuem 20% de toda a renda, segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU de 2019. Neste mês da filantropia, impulsionadas pela Rede Comuá, diversas organizações membro promovem diálogos acerca de novas diretrizes para o tema.
O Instituto Procomum convida a todes interessades no tema a participarem, no dia 21 de setembro, do Seminário de Filantropia Raíz que acontecerá na sede do Instituto Procomum localizada na Rua Sete de Setembro, nº52 – Vila Nova – Santos – S.P.
O evento foi construído objetivando costurar e promover reflexões para fora e para dentro do Procomum sobre a relação entre Filantropia e o Comum, afinal, quando ouvimos falar na palavra filantropia normalmente associamos a uma maneira específica de se fazê-la: das ações sociais ligadas a grupos empresariais ou das ações sociais ligadas a famílias herdeiras que, com sua fortuna (herança ou aplicações no mercado financeiro), resolvem investir no campo social.
Desde o surgimento, em 2016, o Instituto Procomum realiza repasses de recursos (monetários ou não) para fomentar as comunidades e os territórios com os quais nos relacionamos. Por meio do nosso laboratório cidadão, o LAB Procomum, estimulamos soluções produzidas com quem conhece os problemas na prática, tecemos redes a partir de comunidades de prática e ativamos projetos e parcerias a partir das demandas e soluções almejadas desde os territórios.
No início de 2022 passamos a fazer parte da Rede de Filantropia e Justiça Social, hoje batizada de Rede Comuá, uma rede que reúne organizações que atuam no campo da filantropia mas com um compromisso de justiça social e de defesa dos direitos. Dentro da Comuá, encontramos uma diversidade de organizações e modos de fazer e nos sentimos em casa. Foi por conta da Comuá que junto de seis outras organizações criamos a Aliança Territorial – Fortalecendo comunidades e territórios, com o objetivo de evidenciar as especificidades da filantropia com foco territorial. E o plano que temos, aqui no Procomum, é seguir cada vez mais, mobilizando recursos para fortalecer a quem sabe como mudar o mundo.
Confira a programação
9h30
Chegança com café da manhã e maculelê com Afroketu (Guarujá)
10h30
Abertura
Georgia Nicolau (Instituto Procomum)
Calu Narcizo
11h – 12h30
Roda de conversa
Quais entendimentos existentes sobre filantropia? O que entendemos por uma filantropia realizada pelos territórios e suas comunidades?
Mônica Ribeiro, Rede Comuá
Inês Lafer, presidente do conselho do GIFE – Grupo de Institutos Fundações e Empresas
Julie Lua, poeta, estudante de serviço social e idealizadora da Biblioteca Conto de Fadas Periférico
Ronaldo Eli, quilombo Sítio das Matas
Mediação: Georgia Nicolau, Instituto Procomum
Sistematização: Marina Paes, Instituto Procomum
12h30
Intervalo para comer e conversar
Feira de Iniciativas Comunitárias
14h- 15h30
Filantropia, território e bem viver
Como a filantropia feita no território produz bem viver? Que entendimentos de filantropia emergem ou podem emergir quando pensamos a partir da lente do comum e do bem viver?
Roberta Ribeiro, vice-presidente do coletivo Afrotu e Fundadora do Coletivo Mulheres Grandes Guerreiras
Taynara Dias, Instituto Família Chegados
Sandra Silva, Thousand Currents
Paola Lima, Casa Fluminense
Mediação: Natasha Mendes Gabriel, Instituto Elos
Sistematização: Glaucia Rodrigues, Instituto Procomum
16h
Fechamento com leitura de resumos das sistematizadoras
16h30
Celebração e Feira de iniciativas comunitárias
Saiba mais sobre nossas palestrantes
Mônica C. Ribeiro
Consultora da Rede Comuá. Jornalista e mestre em antropologia, trabalha com comunicação estratégica nas áreas de filantropia, economia solidária, negócios de impacto, meio ambiente e políticas públicas, e não raro em intersecções entre elas.
Roberta Ribeiro
Mãe e Vó nascida e criada na Bacida do Mercado, em Santos. Roberta é Formada em pedagogia/pós graduada em pedagogia industrial/artesã/artista plástica/vice-presidente do coletivo Afrotu e Fundadora do Coletivo Mulheres Grandes Guerreiras.
Trabalho com pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade e trabalho influenciando e incentivando pessoas para trabalhar com costura criativa.
Paola Lima
Cria de São Gonçalo/RJ, assessora de mobilização da Casa Fluminense, diretora de projetos do Espaço Gaia e idealizadora do Projeto Lilás.
Calú Narcizo (elu/delu)
É educadore, facilitadore, tradutore e poeta – adora conectar pessoas, cantar e até desfrutar de silêncios compartilhados. Sempre buscou investigar as histórias por trás do que as pessoas sentem. Sua missão é promover autoconhecimento, senso de pertencimento e criatividade. Todos os seus projetos – da festa Linguada até a comunidade Realeza – são um reflexo desse desejo.
Sandra Silva
Nascida e criada em Bauru, no interior de São Paulo, Sandra dedicou sua carreira à justiça social e hoje atua como Diretora Regional para América Latina e Caribe na Thousand Currents. Ela tem ampla experiência em articulação, formação de alianças e apoio executivo a movimentos de base, organizações de apoio a movimentos e organizações políticas, especialmente na América Latina e na África. Sandra possui mestrado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB) e bacharelado em Relações Internacionais pela Universidade Estadual Paulista (Unesp-Franca), além de formações da Brown University e na Columbia University. Antes de ingressar na Thousand Currents, Sandra atuou como Chefe de Gabinete na Assembleia Legislativa de São Paulo, lidando com questões relacionadas à justiça racial e de gênero.
Julie Lua
Mãe preta periférica, escritora, arte educadora, cursando serviço social, idealizadora da biblioteca comunitária Conto de Fadas Periférico em Praia Grande focada em educação antirracista e antimachista.
Inês Mindlin Lafer
É idealizadora do Confluentes e diretora do Instituto Betty e Jacob Lafer. Tem especialização em direitos humanos e mestrado em administração pública pela FGV/EAESP. Graduada em psicologia, com formação em psicanálise, iniciou sua vida profissional no atendimento clínico privado e institucional. Migrou para o terceiro setor e para políticas públicas onde atua há cerca de 20 anos. É presidente do conselho do GIFE e membro de diversos conselhos como o Casa do Povo e do e Instituto Igarapé.
Ronaldo Eli
Ronaldo é juremeiro, jornalista, agricultor, e educador comunitário. Tem experiência em comunicação Social e em projetos voltados para a apropriação de tecnologias da informação e da comunicação, junto a organizações e grupos que atuam nos campos da cultura, educação e mídias livres. É zelador do Terreiro Sítio das Matas, no Quilombo Santo Amaro, em Itacaré-BA, onde atua promovendo ações voltadas para o desenvolvimento da comunidade.
Georgia Nicolau
Em 2016 foi uma das fundadoras do Instituto Procomum , organização da sociedade civil que trabalha para fortalecer a experimentação e a inovação social por meio da defesa e da proteção do Comum. Desde então, atua no Procomum como diretora institucional. É autora do livro Comunal e co-autora de vários livros e publicações sobre o Comum, inovação social, cultura digital e cidadania. Entusiasta facilitadora, consultora e articuladora de processos de desenvolvimento organizacional e fortalecimento da sociedade civil. Tem interesse em tudo que diz respeito à transição para um mundo igualitário, justo e cooperativo e pesquisa temas ligados ao bem viver, comum, justiça social e desigualdade. Desde 2022 é Senior Fellow na Atlantic Fellows for Social and Economics Equity, da LSE e pesquisadora associada do grupo de Políticas da Desigualdade na mesma universidade. Entre 2013 e 2016 foi Diretora de Gestão, Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Cultura e secretária-substituta de Economia Criativa e de Politicas Culturais.
Taynara Dias
Formada em logística, Taynara Dias, de 26 anos, decidiu deixar sua profissão de origem para se dedicar à execução de projetos sociais, criando a ONG Instituto Família Chegados. Desde então, além de hobby, prestar serviços de assistência passou a ser sua nova profissão.
Natasha Gabriel
Arquiteta e Urbanista graduada na Universidade Católica de Santos (1999), Designer de metodologias, projetos e programas, co-fundadora do Instituto Elos, onde exerce atualmente a função de Diretora Pedagógica e de Projeto.Tem experiência na coordenação técnica de programas e projetos de desenvolvimento comunitário e territorial; elaboração de projetos de habitação social e urbanização de favelas; formação de jovens, docentes e lideranças intersetoriais em processos e metodologias participativas para aplicação em políticas públicas, extensão universitária e programas de transformação socioambiental especialmente em favelas, territórios periféricos e populares.