Acabou a terceira e última temporada do Ocupa Arte: DRAG QUEER – TERRITÓRIO EM PERFORMANCE. Desta vez a arte drag emergiu e Zeca Gomes (Shey Lona) que há 13 anos pesquisa a performance drag por meio de oficinas, cursos, bate papos e espetáculos. Produtora e idealizadora do SEREIAS – Festival Santista de Arte Drag de Santos.
Embora tenhamos tido dez selecionades, oito inscrites concluíram o percurso e passaram por 4 etapas que ocorreram durante quatro dias de imersão: a máscara, a cena, a dança e a criação. Ao final, compuseram o espetáculo “Camarim Performático” mesclando teatro e arte drag nume performance divertida que atraiu cerca de 24 espectadores.
Para auxiliar nas atividades formativas, Ariella Plin, Magenta e Rebecca Dior somaram às atividades formativas. Rebecca Dior ministrou aulas de vogue junto ao grupo Baixada Hip-Hop, Magenta e Ariella Plin deram as cores do evento ensinando técnicas de maquiagem usadas na arte Drag.
A ideia do projeto do projeto foi oferecer uma sequência de encontros formativos, criados a partir da estética e do discurso engendrado na performance drag, por meio da linguagem teatral, promovendo a troca de saberes artísticos técnicos para o público da Bacia do Mercado e Vicente de Carvalho visando a valorização das identidades LGBTQIAPN+.
“Podemos ser honestos com os nossos processos, foi mais do que eu esperava. A gente desenha, mas quando acontece é outra coisa. É um processo muito humano e cada um tem a sua essencia. Teve um depoimento que me marcou que foi o do Daio que já faz palhaçaria. Ele comentou que ser drag é trazer autoestima” Zeca – SheyLona
Ocupa Arte é uma iniciativa do Instituto Procomum em parceria com a Santos Brasil que percorreu durante o período de maio a novembro de 2023 apostou na arte como forma de enfrentamento aos problemas sociais. Ao todo foram três temporadas: Mudanças Climáticas, Arte e Mulheres Negras e Tecnologia LGBTQIAPN+.
Daio conta que o palhaço te convida a mostrar o seu ridículo e isso é muito mais fácil que demonstrar o belo que a drag pede é trabalhar a autoestima.
Foi a primeira vez que XX se montou (termo utilizado pelas drag queens para denominar a forma que se vestem e se maquiam) era um sonho que nasceu na adolescência quando se reconheceu parte da comunidade LGBTQIAPN+.
“Era um sonho, que só admirava aquelas pessoas maravilhosas, de repente eu vi um storie falando deste curso e foi uma experiência que veio no melhor momento com as melhores pessoas” Madamme Tica.
Ajota enxergou a experiência como uma troca íntima, única de autoconhecimento.
“A gente criou um ciclo de intimidade muito gostoso, pudemos compartilhar mais coisas entre a gente e o principal de tudo foi a cooperação em busca do melhor para o coletivo. O Instituto Procomum nos proporcionou uma ótima estrutura. Aqui é muito gostoso. Toda vez que eu entro aqui, me sinto em casa e coisas maravilhosas acontecem” Ajota.
Fotos: Coletivo Olhar Marginal
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